[O Labirinto do Corpo]
Começa pelos olhos,
e eu te mastigo.
Lenta e inexoravelmente.
Já é tarde para tentar controlar o tremor nos próprios lábios.
E você desce por minha garganta,
tóxico como cigarro.
Mas ainda assim te devoraria.
Os pulmões à muito já não são os mesmos,
não existe mais fôlego o suficiente;
Taquicardia, bradisfigmia.
O coração bombeira o sangue como um relógio cuco;
desenfreado, Tic tac tic tac!
Preciso te deixar, te exonerar dos pensamentos;
Aqueles, sórdidos, enquanto o sono não vem.
Mas estou olhando através das paredes insondáveis ao seu redor;
Enclausurada e fadada pelos mistérios que te circundam.
As mãos, trêmulas, apertam o estômago,
no intuito de conter as borboletas
e as mariposas e os percevejos.
Nada feito.
Você passa
Mas o teu efeito...
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